O jornalista Kadu Palhano, do portal da revista AUTO ESPORTE, conta como ele e sua mulher, a publicitária Anne Alves, abriram mão do carro e se movimentam sobre uma única roda por SP
Há três meses, esqueci a lanterna do carro acesa. Dia seguinte: bateria arriada. “Não conserta não!”, disse minha mulher antes de eu ligar para o seguro. “Vamos ver quanto tempo aguentamos sem carro.” Gelei. Diminuir o uso do carro era algo que vínhamos fazendo para evitar multas e engarrafamentos, mas abrir mão não me parecia uma boa ideia.
Para minha geração, carro sempre foi sinônimo de liberdade. Cresci cultuando o automóvel. Quase um fetiche. Há 15 anos moro em São Paulo. Até três anos atrás, nunca tinha andado de ônibus ou de metrô. Foi graças a Anne, minha mulher, que passei a usar mais o transporte público. Ela me ensinou a ver um mundo mais leve. Liberdade, para sua geração, é não depender de carro para se locomover. Anne considera o culto ao automóvel cafona, démodé. E é. Topei o desafio. “Mas só por um mês”, frisei. “Depois trocamos a bateria.”
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