Esta pergunta é tão antiga quanto os mercados de energia! A resposta baliza processos decisórios em torno da contratação de energia, de projetos de seu uso eficiente assim como de geração local.
Há muitas respostas que surgem no mundo corporativo. Vão desde aquelas baseadas no feeling, as fundamentadas em análises objetivas que envolvem o preço “técnico”, justo da energia, até as que buscam o preço de mercado.
Minha preferência é por sugerir a seguinte abordagem.
1.Descobrir o “preço técnico”
Simular o preço justo para remunerar adequadamente os investimentos na cadeia produtiva considerando a matriz energética e os riscos do país.
2.Consultar os fornecedores para achar o “preço de mercado”
Este preço espelha o equilíbrio entre oferta e procura
3.Decisão de contratação
Se se trata de um comprador de energia, e o preço “de mercado” estiver abaixo do “preço técnico” é um bom momento de fechar negócio para entrega futura. Analogamente se for o caso de um vendedor de energia se o “preço de mercado” estiver acima do “preço técnico” a oportunidade, naquele momento está configurada a seu favor.
O desafio desta metodologia é permanentemente 1°) calcular o “preço técnico”, 2°) monitorar os “preços de mercado” e 3°) identificada a situação configurada – interessante e conveniente – fechar negócio.
Criei esta metodologia há mais de dez anos e posso afirmar que as decisões associadas apresentam resultados surpreendentes. Pelo simples fato de que os preços para entrega futura são bastante voláteis no Brasil. Dependem especialmente dos reservatórios que abastecem as hidrelétricas, da demanda do mercado, das estripulias regulatórias que são característica importante do ambiente “institucional” do setor elétrico, das expectativas em torno dos negócios futuros de energia e, é claro da percepção reinante a respeito do risco do pais.