Há 20 anos, nascia o mercado livre de energia elétrica, acompanhando as tendências mundiais de promoção da competição numa indústria nascida e amadurecida sob a estrutura de monopólios verticalmente constituídos.
De lá para cá, avanços foram observados no mercado livre gerando resultados significativos aos consumidores que optaram por escolher seu fornecedor de energia. Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia – Abraceel, negociando melhores condições contratuais, esses consumidores conquistaram preços de energia em média 23% mais baratos do que as tarifas reguladas das distribuidoras, acumulando uma economia de R$ 83 bilhões no período.
No entanto, as regras para participar do mercado livre são restritas a determinado grupo de grandes consumidores. Grosso modo, apenas aqueles que gastam acima de R$ 500 mil por mês com o consumo de energia elétrica são elegíveis a migrar para o mercado livre. Assim, cerca de 80 milhões de consumidores não podem escolher de quem comprar sua energia e são obrigados a consumir da distribuidora que atende sua região.
Segundo levantamento divulgado pela Abraceel, o Brasil ocupa a 56ª posição no ranking internacional de países que abriram seus mercados. Na América Latina, o Brasil está atrás da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México, Panamá, Peru, Uruguai e República Dominicana.
É preciso avançar mais, e aproveitar as inovações tecnológicas para introduzir novos modelos de negócio que permitam aos consumidores maior controle sobre o consumo e gasto com energia elétrica. Custos mais baixos aliados à maior eficiência no consumo possibilitam maior competitividade da nossa indústria e comércio mais aquecido.
O mercado livre para todos brasileiros é o caminho para a energia do futuro. Abrace essa ideia!