Bento Albuquerque falou dos diversos desafios e oportunidades a serem enfrentados pelo setor energético. Destacou as questões que envolvem a renegociação financeira do Anexo C do Tratado de Itaipu; a retomada da construção da Usina de Angra 3; o impacto econômico e fiscal do leilão do Excedente da Cessão Onerosa marcado para outubro; as providências que vêm sendo adotadas pelas diversas áreas do Governo para fiscalizar e obter maior controle sobre as barragens, sejam minerais ou hidrelétricas; tratou do chamado risco hidrológico, que carrega um passivo de R$ 7 bilhões e trava as negociações do mercado de curto prazo de energia elétrica; abordou os temas do interesse do setor que envolvem a exploração de riquezas minerais e as comunidades indígenas e ainda tratou da construção do Linhão de Tucuruí, que liga Manaus a Boa Vista e tem como objetivo incluir Roraima no Sistema Interligado Nacional (SIN).
Ele lembrou que o MME e a Empresa de Pesquisa Energética trabalham com previsão de crescimento médio do Produto Interno Bruto de 2,7% de 2018 a 2022 e de 3% de 2023 a 2027 , o que vai elevar a demanda por energia no país. Nesse período, os investimentos projetados para o setor de petróleo e gás somam R$ 1,4 trilhão; para energia elétrica de R$ 400 bilhões; e em mineração de R$ 80 bilhões.
Na apresentação inicial, o ministro também defendeu a conclusão da usina nuclear de Angra 3 e a instalação da linha de transmissão Manaus-Boa Vista, que vai conectar Roraima ao Sistema Interligado Nacional. A intenção do governo é de que as duas obras sejam iniciadas no segundo semestre desse ano.
Após concluir sua apresentação, o ministro respondeu a dezenas de indagações feitas pelos senadores presentes à Audiência Pública, esclarecendo dúvidas, avaliando as sugestões apresentadas e agradecendo pela oportunidade de discussão dos temas da Pasta.