O Governo do Distrito Federal anuncionou nesta semana que o racionamento de água para a população pode ter fim no dia 15 de junho. Essa boa notícia teve uma grande influência por parte da chuva que ocorreu desde o início do ano na região, mas será que com a chegada do inverno a população do Distrito Federal pode ficar tranquila com relação aos recursos hídricos?
No fim do ano passado (2017), o reservatório Descoberto, um dos principais no fornecimento de água, chegou em um dos seus níveis mais críticos. Durante o mês de novembro o volume armazenado chegava a apenas 5% segundo informações da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).
Um grande “aliado”, no combate aos baixos níveis dos reservatórios, foi exatamente a chuva que ocorreu de forma abundante e persistente desde o início do ano de 2018.
Segundo os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vemos que os volumes acumulados de chuva se elevaram bastante na estação chuvosa. As barras em azul representam a chuva acumulada, as vermelhas o normal de chuva para aquele mês. Note que a partir do mês de fevereiro, a chuva acumulada superou a média e essa situação permaneceu até o mês de abril.
Com mais água disponível nas áreas de captação, restou aos reservatórios aumentarem os seus níveis acumulados. Foi o caso do Descoberto/DF que iniciou o período chuvoso da região com apenas 5% e chegou ao mês de maio com 91,1% segundo os índices apurados pela Adasa.
Com isso será que a população está “livre” de um racionamento de água?
O momento exige cautela. Claro que a notícia do fim do racionamento é ótima, mas o consumo consciente necessita ser contínuo. Um dos grandes problemas para a região é que a partir de agora entraremos na estação seca, ou seja, passa a chover menos a região e a previsão também não é animadora. Segundo a Climatempo, o volume previsto de chuva pode ficar levemente abaixo do normal no Distrito Federal ao dos próximos 3 meses, lembrando que a média já é baixa nesta época do ano.
Poucas frentes frias conseguem avancar pela costa brasileira a partir do mês de maio, e o ar seco permace sobre as áreas centrais do país com uma maior facilidade, inibindo a formação de nuvens de chuva.