Situação hídrica e Mapa das secas.
Preço Energia: Volatilidade Elevada
A elevada volatilidade dos preços observada nos últimos dois meses - entre o início de outubro e final de novembro - é característico da atual fase de transição entre período seco (inverno) e úmido (verão). Como resultado desta menor previsibilidade hidrológica, há um aumento significativo na aversão ao risco dos agentes, o que se traduz em mudanças de posição (comprada vs. vendida) bruscas, além de oscilações mais expressivas no preço da energia. Tal efeito já pode ser observado no contrato para entrega em Dez/18, que está muito próximo do PLD mínimo. Neste sentido, variações não esperadas na ENA, reservatórios e ajustes na carga tendem a deflagrar sinais de alerta e, consequentemente, movimentos de venda mais agudos, na tentativa de antecipar prováveis ajustes nas projeções de preços futuros, o que de fato se verificou ao longo dos meses de outubro e novembro, com o expressivo aumento da ENA nos submercados sul e sudeste. Este cenário deverá ganhar ainda mais força nos meses de janeiro, fevereiro e março, auge do período úmido, o que certamente trará ainda mais volatilidade nas projeções de preços para estes meses, assim como para o segundo trimestre de 2019. Com a proximidade do final do ano, os agentes começam a direcionar suas atenções para os primeiros três/quatro meses de 2019, a fim de determinar sua estratégia de alocação da energia assegurada, o que afetará o GSF (Generation Scaling Factor) do exercício de 2019. Nos últimos dois anos, os agentes optaram por alocar grande parte da sua energia assegurada nos primeiros meses, devido a expectativa de preços mais elevados ao longo do período úmido, o que se confirmou (PLD Médio Jan/Mar de R$196/MWh). Para 2019, entretanto, acreditamos em um cenário diferente, com maior alocação da energia assegurada no 2º Tri/19 e 3º Tri/19. É importante destacar, que tem ganhado força a possibilidade de ocorrência do fenômeno "El Niño" em 2019. Tal evento tende a resultar em chuvas acima da média no submercado sul (principalmente entre os meses de maio e julho) e seca no nordeste, acompanhado de temperaturas muito elevadas no sudeste. Tal cenário eleva o risco de descasamento entre os preços do submercado NE, SE/CO e S.